468x60 Ads

porta-contentores

Blog Para pessoas inteligentes

Um blog para todos!

Max Weber

Vídeo sobre Max Weber e suas ideias acerca da ação social e racionalização

Documentário Indústria do Sexo

E a erotização infantil

Reflexão sobre a música:

E o mundo não acabou de Adriana Calcanhoto

DOCUMENTÁRIO: CASA GRANDE E SENZALA

Obra de Gilberto Freire que trata as origens do brasileiro.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Aos leitores



Tá afim de ler pelo tablet ou celular e não pagar nada [ e não ser um criminoso]?

O Para pessoas inteligentes fez uma listinha com sites básicos para qualquer leitor antenado.

1Open Library - o site (que quer catalogar todos os livros do mundo) possui mais de um milhão de obras para download gratuito, em diversas línguas. Entre os livros em português, encontramos contos e romances de Monteiro Lobato, José de Alencar e Machado de Assis, por exemplo. Se você sabe ler em inglês, as opções são inúmeras.

2. Portal Domínio Público - lista obras em diversas línguas (incluindo 2 mil livros em português) que já estão em domínio público. É possível ler "A Divina Comédia", de Dante, por exemplo.

3. Projeto Gutemberg - mais de 100 mil livros em diversas línguas. Podem ser baixados em vários formatos.

4. eBooks Brasil - o site tem uma cara antiga e navegação pouco intuitiva, mas seu acervo funciona perfeitamente. Basta navegar pelo formato desejado de eBook pelos links logo abaixo da logomarca e buscar o que você deseja ler.

5. Obras raras da USP - o site reúne imagens de edições incríveis. O acervo ainda é pequeno (não mais que 30 livros) - mas só a chance de explorar essa edição impressionante de Dom Quixote vale a visita.

6. Wikisource - a "biblioteca" da Wikipedia reúne livros que estão sob domínio público ou sob a licença "Creative Commons".  Na versão lusófona, temos mais de 27 mil textos disponíveis, divididos em categorias como períodos literários, países de origem e anos em que foram escritos.



Fonte: Revista Galileu

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Será que não fazem jovens como antigamente? Espero que não!

Já ouvi diversas vezes a expressão que “não fazem mais jovens como antigamente”. Tomara que seja isso uma verdade, pois o “espírito jovem de ontem” parece ter data de validade.

Vemos figuras que antes eram jovens que, se preciso fossem, enfrentavam o Estado. Jovens que com suas bandas de música cantavam afrontas aos poderosos ditadores e denunciavam o status quo, mas que se tornaram velhos (e) reacionários de hoje. O espírito de juventude foi-lhe arrebatado. Espírito que motiva e que nos faz indignados frente aos descalabros sociais.

Os filósofos afirmam que as crianças têm uma sensibilidade maior para observar e maior motivação para indagar. Os jovens, me parece, que têm uma sensibilidade maior frente às injustiças e maior motivação para se indignar. Será que Che Guevara morreu com o "espírito revolucionário" por que morreu jovem? De outra forma estaria ele com sua “boca, cheia de dentes, escancarada esperando a morte chegar”? Precisamos fazer jovens que não percam a capacidade de indignar-se concomitantemente com a perda de melanina de seus cabelos.

Essa semana, em São Paulo, um pai foi buscar o filho de 16 anos, que participava de um protesto de black blocs no Tatuapé, para levá-lo para casa. No encontro seguiu-se o diálogo:
- Deixa eu protestar. Eu não quero isso. Esse governo é errado. Eu tenho direito de protestar, dizia o jovem.
- Você vai ter o seu direito quando trabalhar e ganhar o seu dinheiro, tá? Eu sou seu pai, escuta o seu pai, dizia o “velho pai”.

Pegou o filho pelo braço, retirou dele sua máscara, dizendo “você não é criado para isso. Eu trabalho para te sustentar, não é para você esconder a cara” e o colocou para dentro de casa.

O jovem ainda retrucava:
- Eu quero escola, eu quero saúde. Deixa eu protestar. Minha avó quase morreu num hospital público. Você acha certo isso? Pelo amor de Deus, deixa eu correr atrás. Tanta gente morrendo. Deixa eu fazer a minha parte, ajudar um pouco. Eu sei que eu tenho 16 anos. Eu não vou me machucar, relaxa.
O velho em resposta dizia:
- Eu pago a sua escola. Eu e sua mãe trabalhamos para te sustentar. Vamos para casa, por favor, R****. Você não vai mudar o mundo. Meu filho, você tem 16 anos, não é a hora agora. Eu te amo, cara. Você é meu filho. Eu estou pedindo demais? R****, um passo de cada vez - implorava o pai, na presença da imprensa que cobria a manifestação.

O rapaz, ainda argumentando que tinha o direito de protestar, foi arrastado pelo pai. E ambos foram para o conforto de casa. Não era hora de protestar por ter apenas 16 anos. Deveria ele esperar ficar velho, como o pai. Um passo de cada vez, ensinou seu progenitor.

Espero que esse jovem não tenha sido forjado “como os jovens de antigamente”, pois aqueles desistiram de mudar o mundo há tempo e reduziram suas vidas ao individualismo e ao trabalho... para sustentar... o status quo.

Não quero dizer com isso que apoio o vandalismo, muito menos o militarismo, mas ficar sentado no sofá de casa ensinando o filho de que não vamos mudar o mundo em nada ajudará na construção de uma sociedade melhor.

Por Cristiano Bodart
(http://www.cafecomsociologia.com/2014/06/sera-que-nao-se-fazem-jovens-como.html )

domingo, 6 de abril de 2014

Video aula - Ábaco

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Filmes para trabalhar em sala de aula

ABAIXO UM LISTA BEM GRANDE DE FILMES (67 FILMES) QUE PODEM SER TRABALHADOS EM SALA DE AULA ABORDANDO DIVESAS DISCIPLINAS E TEMÁTICAS.

FILMES

CRASH - NO LIMITE (Crash, EUA, 2005). Direção: Paul Haggis. Elenco: Sandra Bullock, Brendan Fraser, Matt Dillon. 112 min
Temas abordados: Relacionamentos e vida em sociedade em grandes centros urbanos, Poder, Polícia, Racismo, Terrorismo e Preconceito, Tráfico de pessoas, precarização das estruturas.

DIÁRIOS DE MOTOCICLETA (The Motorcycle Diaries, EUA, 2004). 128 min.
Direção: Walter Salles. Elenco: Gael García Bernal, Rodrigo de Ia Serna, Susana Lanteri.

CRIANÇA, A ALMA DO NEGÓCIO, Direção Estela Renner, Produção Executiva Marcos Nisti, Maria Farinha Produções. Duração: 49 m
"Por que meu filho sempre me pede um brinquedo novo? Por que minha filha quer mais uma boneca se ela já tem uma caixa cheia de bonecas? Por que meu filho acha que precisa de mais um tênis? Por que eu comprei maquiagem para minha filha se ela só tem ...

O NOME DA ROSA (The Name of the Rose, Ale/Fra/Ita, 1986). Direção: Jean Jacques Annaud. Elenco: Sean Conery, F.Murray Abraham, Cristian Slater. 130 min.
Mortes estranhas ocorrem num mosteiro, localizado na Itália, durante a Idade Média. A chegada de um monge franciscano, incumbido de investigar os casos, mostrará o verdadeiro motivo dos crimes, resultando na instalação do Tribunal da Santa Inquisição

 DANTON, O PROCESSO DA REVOLUÇÃO (Danton, Fra/Polônia, 1982). Direção: Andrzej Wajda. Elenco: Gérard Depardieu, Wojciech Pszniak. 131 min .No período popular da Revolução Francesa, instala-se o "terror", quando ocorre a radicalização revolucionária dos jacobinos, liderados por Robespierre. Danton, outro líder revolucionário, critica os rumos do movimento, tomando-se mais uma vítima

CROMWELL (Cromwell, Inglaterra, 1970). Direção: Ken Hughes. Com Alec Guinness. 145 min.
Na Inglaterra do século XVII, Oliver Cromwell volta ao Parlamento para atuar na oposição aos desmandos do rei Carlos I, que passa por cima das leis, desencadeando a Guerra Civil (1642-1649).

AGONIA E ÊXTASE (The Agony and the Ecstasy, EUA, 1965). Direção: Carl Reed. Com Charlton Heston. 140 min.
# O filme relata os conflitos entre o pintor Michelangelo, o grande artista do Renascimento italiano, e o Papa Julio II. Documentário sobre o trabalho do artista.

GIORDANO BRUNO (Giordano Bruno, Itália, 1973) Direção: Giuliano Mortaldo. Com Gian Maria Volonté. 123min.
Filósofo, astrônomo e matemático, Giordano Bruno fez várias descobertas científicas e desenvolveu sua teoria do universo infinito e da multiplicidade dos mundos, em oposição à tradição geocêntrica (a Terra como centro do universo). Biografia de

GAROTO SELVAGEM (L'Enfant Sauvage, França, 1970) Direção: François Truffaut. Elenco: Jean-Pierre Cargol, François Truffaut, Françoise Seigner, Jean Dasté, Claude Miller, Annie Miller. P&B, 90 min.
Em 1797, um menino selvagem é capturado numa floresta de Aveyron, onde sempre viveu. Encaminhado para um centro de surdos-mudos, é objeto de todo tipo de curiosidade. Em seguida é levado pelo Dr. ltard, que acreditava ser possível transformar o garoto

UM LOBO NA FAMÍLIA (Walk Like a Man, EUA, 1987). Direção: Melvin Frank. Com Howie MandeI. 90 min.
Um grupo de exploradores encontra um rapaz que foi criado por uma família de lobos, na selva. Decidem levá-lo para a cidade, mas sua adaptação à civilização provoca muitas confusões.

O ENIGMA DE KASPAR HAUSER (feder jür sich und Gott gegen alle, Alemanha, 1974). Direção: Werner Herzog, Elenco: Helmut Dõring, Bruno S. Walter Ladengast. 110 min.
Baseado em fato real ocorrido na Alemanha de 1820, o adolescente Kaspar Hauser aparece em uma cidade, após ter vivido desde o nascimento em um porão, sem qualquer contato humano. É acolhido na casa de um professor, que inicia a sua socialização.

GERMINAL (Germinal, Fra/BelJIta, 1993). Direção: Claude Berri. Com Gérard Depardieu. 158 min.
Conta a história das condições de vida e de trabalho numa mina de carvão em Lille, no norte da França, na época da Revolução Industrial.

O DISCRETO CHARME DA BURGUESIA (Le charme discret de la bourgeoisie, França, 1972). Direção: Luis Bufiuel. 105 min.
Uma sátira aos costumes da burguesia européia.

ILHA DAS FLORES (Brasil, 1989). Direção: Jorge Furtado. 12 min. Crítica bem-humorada aos valores da sociedade capitalista moderna.

A NÓS, A LBERDADE (À Nous la Liberté, França, 1931) Direção: René Clair.104 min
O filme faz um paralelo entre o trabalho forçado numa prisão e numa fábrica.

A GUERRA DO FOGO (La guerre du feu, Fra, 1981). Direção: Jean-Jacques Annaud. 97min.
O filme se passa nos tempos pré-históricos, em tomo da descoberta do fogo. A tribo Ulam vive em tomo de uma fonte natural de fogo. Quando este fogo se extingue, três membros saem em busca de uma nova chama.

EVOLUÇÃO (Evolution, Canadá, 1971). Direção: Michael Mills. 12 min.
Desenho animado. Trata do processo evolutivo do homem. Vencedor de nove prêmios internacionais.

ELO PERDIDO (Missing link; EUA, 1988). Direção: David Hughes. 90 min.
Filme sobre a vida do sobrevivente de um confronto de tribo humana com "homens macacos". Documentário com posição de crítica ao preconceito racial e de defesa da ecologia.

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER (The Unbearable Lightness of Being, EUA, 1988). Direção: Phillip Kaufman. Elenco: Daniel Day-Lewis, Juliette Binoche, Lena Olin. 160 min.
Nos anos 60 em Praga, Tchecoslováquia, Tomas (Day-Lewis), um médico totalmente apolítico, tem como hobby ter diversas parceiras sexuais, mas evitando sempre um maior envolvimento. No fundo da história os acontecimentos de 1968, conhecidos como A Prima

REDS (Reds, EUA, 1981). Direção: Warren Beatty. 200 min.
Jornalista norte-americano, John Reed, decide ir para a Rússia na companhia da mulher, e escreve Os Dez Dias que Abalaram o Mundo, livro sobre a Revolução de Outubro de 1917.

A REVOLUÇÃO DOS BICHOS (Animal Farm, EUA, 1999). Direção: John Stephenson. 90 min.
Sátira sobre a Revolução Russa e seus desdobramentos. Narra o levante dos animais de uma fazenda, revoltados contra os maus-tratos por parte dos donos. Baseado no livro de George Orwell.

OUTUBRO (Oktyabre, URSS, 1928). Direção: Sergei M. Eisenstein. 103 min.P&B.
Reconstrução da Revolução de Outubro de 1917, inspirado no best-seller do jornalista militante John Reed, Os Dez Dias que Abalaram o Mundo.

ADEUS, LENIN! (Good bye, Lenin!, Alemanha, 2003). Direção: Wolfgang Becker.
Elenco: Daniel Brüh1, Katrin Sass, Maria Simon. 121 min. Comédia. Na Alemanha Oriental, em 1989, mãe presencia o filho protestar contra o regime político e ser preso pela polícia. Ela sofre um ataque cardíaco e entra em coma. Alguns meses depois ela

BLADE RUNNER, O CAÇADOR DE ANDRÓIDES (Blade Runner, EUA, 1982). Direção: Ridley Scott. Elenco: Harrison Ford, Sean Young. 117 min.
"cult movie" da ficcção científica, que mostra uma chocante visão do futuro. Ano 2000, o planeta terra está em total decadencia. Os poucos Habitantes vivem aglomerados em gigantescos arranha-céus. A engenharia genética se tornou uma das maiores ind

WALL STREET, PODER E COBIÇA (Wall Street, EUA, 1987). Elenco: Michael Douglas, Martin Sheen, Charlie Sheen, Daryl Hannah, Sean Young. Direção: Oliver Stone. 126 min.
Relato sobre a amoralidade do capitalismo financeiro, inspirada em fato real. Milionário que enriqueceu especulando na Bolsa, ensina os segredos a jovem e ambicioso corretor. Mas o pai do rapaz, líder sindical, desaprova seu comportamento.

TEMPOS MODERNOS (Modem Times, EUA, 1936). Direção: Charles Chaplin. Elenco: Charles Chaplin, Paulette Goddard. 88 min.
Obra-prima do cinema mudo, ambientada durante a Depressão de 1929. Chaplin, através de seu personagem Carlitos, procura denunciar o caráter desumano do trabalho industrial mecanizado, da tecnologia e da marginalização de setores da sociedade.

POMPÉIA, UMA PÁGINA VIRADA (França,1998). Direção: Roland Cros. 12min.
Documentário que relata as conseqüências, para a população da cidade de Pompéia, na França, da reestruturação produtiva numa companhia siderúrgica. Produzido pelo Centre National de Documentation Pédagogique - CNDP, França.

DIREITOS DA CIDADANIA (Brasil, 1989). Produção: CETA-IBASE/CECIP/ FASE. 22 min.
Partindo dos direitos garantidos na Constituição, habitação, escola, saúde, segurança, minorias etc., o programa mostra, através de entrevistas, o que o povo sabe sobre seus direitos e se eles estão sendo respeitados.

PRA FRENTE BRASIL. (Brasil, 1983). Direção: Roberto Farias. Elenco: Antônio Fagundes, Reginaldo Faria. 104 min.
O Brasil de 1970, dividido entre a Copa do Mundo e a repressão política e a tortura contra os que se opunham à Ditadura Militar instaurada em 1964.

BARRA 68, SEM PERDER A TERNURA (Brasil, 2000). Direção: Vladimir Carvalho. 80 min.
O filme retrata as repetidas agressões sofridas pela UnB, desde o golpe militar de 64 até os acontecimentos de 1968, quando cerca de 500 estudantes foram detidos numa quadra de esportes no campus.

O QUE É ISSO, COMPANHEIRO? (Brasil, 1997). Direção: Bruno Barreto. Elenco: Alan Arkin, Fernanda Torres, Pedro Cardoso, Luiz Fernando Guimarães, CláudiaAbreu. 105 min.
Em 1964, um golpe militar derruba o governo democrático brasileiro e, após alguns anos de manifestações políticas, é promulgado, em dezembro de 1968, o Ato Inconstitucional n° 5, que acabava com a liberdade de imprensa e os direitos civis. _ este p

OS MISERÁVEIS (Les Misérables, EUA, 1998). Direção: Billie August. Elenco: Liam Neeson, Claire Danes, Geoffrey Rush e Uma Thurman. 131 min.
Após roubar um pedaço de pão para alimentar a sua família, trabalhador desempregado é perseguido por inspetor de justiça. Relato das injustiças sociais na França pós-revolucionária (séc. XIX).

INTERVALO CLANDESTINO (Brasil, 2005). Direção: Erik Rocha. 95 min.
Documentário realizado durante as eleições gerais de 2002 no Brasil, capta o estado de espírito do povo brasileiro diante da realidade social, política e econômica da época.

O VOTO É SECRETO (Raye MakhfilSecret Ballot, Irã/Canadá/Suíça/Itália, 2001). Direção: Babak Payami. 100 min.
A partir de uma urna eleitoral que cai do céu presa em um pára-quedas, um soldado e uma funcionária da justiça eleitoral enfrentam diversas situações delicadas para conseguir recolher os votos dos habitantes do lugar.

A NOITE DOS DESESPERADOS (TheyShootHorses, Don'tThey?, EUA, 1969). Direção: Sidney Pollack. Com Bruce Dem. 120 min.
Uma visão crítica da sociedade e seus métodos de iludir o cidadão, através de uma maratona de danças, na época da Depressão Americana.

ANA E OS LOBOS (Ana y los lobos, Espanha, 1973). Direção: Carlos Saura. Com Geraldine Chaplin. 96 min.
Alegoria sobre os três lobos - Exército, Igreja e Família -, sustentáculos do fascismo espanhol na época de Franco.

QUILOMBO (Brasil, 1984). Direção: Cacá Diegues. Elenco: Antonio Pompeo, Zezé Motta, Vera Fischer, Maurício do Valle, Grande Otelo, Toni Tomado. 119 min.
História do Quilombo de Palmares, sob o comando de Ganga Zumba e de Zumbi, até a sua destruição, no fim do século XVII.

VISTA A MINHA PELE (Brasil, 2003). Direção: Joel Zito Araújo. lS min.
Divertida paródia da realidade brasileira: numa história invertida, os negros são a classe dominante e os brancos foram escravizados.

ALGUÉM FALOU DE RACISMO? (Brasil, 2003). Direção: Claudius Ceccon e Daniel Caetano. 23 min.
Uma discussão em sala de aula revela a existência disfarçada do preconceito "sem querer", mas que fere do mesmo jeito. A partir daí, um grupo de jovens começa a descobrir as origens de um racismo do qual eles são vítimas e também, sem perceber, os

HISTÓRIA DOS QUILOMBOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. A VERDADE QUE A HISTÓRIA NÃO CONTA (Brasil, 2002). Direção: Antônio Pitanga.
A história dos descendentes de escravos africanos, contada por eles mesmos. É uma grande colagem de depoimentos que nos mostra quem são estas pessoas e como vivem os remanescentes das 11 comunidades quilombolas do estado do Rio de Janeiro.

MATRIX (The Matrix, EUA, 1999). Direção: The Wachowski Brothers. Elenco: Keanu Reeves, Laurence Fishburne, Carrie-Anne Moss. 136 min.
Um analista de sistemas, que vende programas clandestinos, descobre que a realidade em que vive não passa de uma ilusão, de sofisticada aparência virtual, produzida por computadores que controlam o planeta.

O SHOW DE TRUMAN - O SHOM DA VIDA (The Truman Show, EUA, 1998). Direção: Peter Weir. Com Jim Carrey. 102 min.
Indivíduo descobre, depois de 30 anos, que toda a sua vida foi um show de televisão no estilo "Big Brother".

FAHRENHEIT 451 (Fahrenheit451, Inglaterra, 1966) Direção: François Truffaut. Elenco: Oskar Wemer, Julie Christie. 112 min.
Ficção científica. Numa sociedade do futuro, os bombeiros têm por função queimar todo tipo de material impresso, que é considerado como propagador da infelicidade. O título do filme é uma referência à temperatura que os livros são queimados (=

BATUQUE NA COZINHA (Brasil, 2004). Direção: Anna Azevedo. 19 min.
Documentário sobre a tradição das "tias" no samba do Rio de Janeiro, através das lembranças de três representantes: Tia Eunice, Tia Doca e Tia Surica, as três pastoras da Escola de Samba Portela.

SERÁ QUE ELE É? (In & out, EUA, 1997). Direção: Frank OZ. Elenco: Kevin Kline, Joan Cusack, Matt Dillon e Tom Selleck. 93 min.
Comédia crítica sobre os preconceitos da sociedade contras gays.

SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS (Dead poets society, EUA, 1989). Direção: Peter Weir. Com Robin Williams. 129 min.
Quando o carismático professor de inglês John Keating (Williams) chega para lecionar num colégio para rapazes, seus métodos de ensino pouco convencionais transformam a rotina do currículo tradicional e arcaico. O filme mostra a relação entre jovens

ACORDA, RAIMUNDO ... ACORDA (Brasil, 1990). Direção: Alfredo Alves. Elenco: Paulo Betti, Eliane Giardini, José Mayer. 16 min.
Sátira sobre as relações de opressão entre homens e mulheres.

DISCRIMINAÇÃO NÃO É LEGAL (Brasil, 2000). Direção: Daniel Caetano. 20 min.
O vídeo apresenta três esquetes, representados por alunos e educadores da Rede Pública de Ensino, cujo conteúdo é comentado por especialistas em educação e representantes de instituições do movimento negro.

FUNK RIO (Brasil, 1994). Direção: Sérgio Goldenberg. 46 min.
Documentário sobre o universo do funk carioca, através de quatro jovens que moram no subúrbio, suas ligações com a marginalidade, a música e a dança.

AGANJU (Brasil, 1990). Direção: Luiz Augusto Tigu. 6 min.
Reportagem sobre o grupo afro Aganju, de Queimados (Nova Iguaçu), que busca preservar e divulgar a tradição afro-brasileira através da dança. O grupo conta os preconceitos enfrentados e apresenta a coreografia chamada "Os orixás".

PIERRE "FATUMBI" VERGER· MENSAGEIRO ENTRE DOIS MUNDOS (Brasil, 2000). Direção: Lula Buarque de Holanda. 82 min.
Documentário sobre a vida do fotógrafo e etnógrafo francês Pierre Verger. Após viajar ao redor do mundo como fotógrafo, Verger radicou-se em Salvador, BA, em 1946, onde passou a estudar as relações e as influências culturais mútuas entre o Brasi

ANGOLA (Brasil,1999). Direção: Roberto Berliner. 55 min.
Documentário de um diretor brasileiro sobre a diversidade da sociedade angolana na década de 1990. Começando com uma breve história da guerra de independência de Angola, o documentário nos dá um panorama geral sócio econômico angolano, através d

CIDADÃO KANE (Citizen Kane, EUA, 1941) Direção: Orson Welles. 119 min.
Dono de império jomalístico murmura a palavra rosebud antes de morrer solitário em sua gigantesca mansão. Filme clássico que mostra o poder da TV nos EUA.

MUITO ALÉM DO CIDADÃO KANE (Brazil: Beyond Citizen Kane, Inglaterra, 1993). Direção: Simon Hartog. 93 min.
Documentário que discute o poder da Rede Globo. Produzido pela BBC de Londres. Teve sua exibição proibida no Brasil.

BOA NOITE E BOA SORTE (Good night, and good luck, EUA, 2005). Direção: George Clooney. Elenco: George Clooney, David Strathairn, Jeff Daniels, Robert Downey Jr. 93 min.
Nos EUA dos anos 1950, o filme conta os conflitos reais entre um repórter televisivo e o Senador Joseph McCarthy, com a sua política de perseguição a supostos comunistas durante o período da Guerra Fria. Para esclarecer os fatos ao público, o repór

A REVOLUÇÃO NÃO SERÁ TELEVISIONADA (The revolution will not be televised, Irlanda, 2003). Direção: Kim Bartley e Donnacha O'Brien. 74 min.
Documentário que apresenta os acontecimentos do golpe contra o governo do presidente Hugo Chávez, em abril de 2002, na Venezuela, produzido em parceria com a BBC de Londres. Os dois cineastas irlandeses estavam na Venezuela realizando, desde setembro de

PIXOTE, A LEI DO MAIS FRACO (Brasil, 1981). Direção: Hector Babenco. Elenco: Man1ia Pera, Jardel Filho e Rubens de Falco. 127 min.
História de um grupo de meninos de rua de São Paulo que acaba se envolvendo com o tráfico de drogas e sofrendo forte repressão policial.

CIDADE DE DEUS (Brasil, 2002). Direção: Femando Meirelles. Elenco: Matheus Nachtergaele, Alexandre Rodrigues, Leandro Firmino da Hora. 135 min.
Conta a história de dois meninos - Buscapé e Dadinho/Zé Pequeno - durante a ocupação do conjunto habitacional Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. Enquanto o primeiro consegue resistir ao apelo de se tomar bandido e vira fotógrafo, o outro se transfor

NOTÍCIAS DE UMA GUERRA PARTICULAR (Brasil, 1998). Direção: João Moreira Salles. 53 min.
Documentário mostrando a realidade do tráfico de drogas numa favela do Rio de Janeiro.

ASSASSINATO NUMA MANHÃ DE DOMINGO
(Murder on a Sunday Moming, EUA, 2001). Direção: Jean-Xavier de Lestrade e Denis Poncet. 110 min. Filme-documentário sobre discriminação racial e violência promovida pela polícia nos EUA.

CARANDIRU (Brasil, 2002). Direção: Hector Babenco. Elenco: Luiz Carlos Vasconcelos, Milton Gonçalves, Ailton Graça, Rodrigo Santoro, Caio Blat, Wagner Moura. 146 min.
Filme baseado na realidade vivida pelos presos na Casa de Detenção de São Paulo, conhecida como Carandiru, e a chacina ocorrida 02 de outubro de 1992, que matou 11 O pessoas.

CRIANÇAS INVISÍVEIS (All the lnvisible Children, Itália, 2005). Direção: Mehdi Charef, Kátia Lund, John Woo, Emir Kusturica, Spike Lee, Jordan Scott, Ridley Scott e Stefano Veneruso. 116 min.
Projeto criado pela UNICEF para despertar a atenção para o drama vivido por crianças que vivem nas ruas, em várias partes do mundo. O filme é composto por sete curtas-metragens, realizados no Brasil, Itália, Inglaterra, Sérvia, Burkina Faso, China

FALCÃO - MENINOS DO TRÁFICO (Brasil, 2006). Direção: MV Bill e Celso Athayde. 125 min.
Documentário produzido com base em entrevistas em diversas comunidades pobres do Brasil, entre 1998 e 2006, feitas pelo rapper MV Bill e pelo seu empresário Celso Athayde, retratando a vida de jovens de favelas brasileiras que trabalham no tráfico de d

OS TRÊS PORQUINHOS (Brasil, 2006). Direção: Cláudio Roberto. 4 min.
Uma explicação sobre a estrutura perversa do tráfico de drogas através da alegoria de uma antiga história infantil Pode ser assistido em http://www.portacurtas.com.br/filme_abre_pop.asp?cod =4906&exib=2636

UM OUTRO MUNDO É POSSÍVEL! (Un' altro mondo 'e possibile! Itália, 2001). Direção: Alfredo Angeli, Giorgio Arlorio, Mario Balsamo e outros. 120 min.
Documentário. Discute a participação da população no encontro dos oito países mais desenvolvidos do mundo, a Convenção do G-8, realizada em Gênova, em 2001, quando o estudante Carlo Giuliani foi assassinado com um tiro na cabeça. UM OUTRO MUNDO

NENHUM A MENOS (Yige dou buneng shao, China, 1998). Direção: Zhang Yimou. 106 min.
Companheirismo, perseverança e solidariedade na história de uma adolescente de 13 anos que substitui temporariamente o professor da escola de uma pequena vila chinesa, com a responsabilidade de não permitir que nenhuma criança abandone os estudos.

PROMESSAS DE UM NOVO MUNDO (Promises, EUA/Palestina/Israel, 2001). Direção: Justine Shapiro, B.Z. Goldberg e Carlos Bolado. 116 min.
Documentário que procura descobrir e revelar o que pensam e sentem crianças palestinas e judias que vivem na região de Jerusalém, em meio ao conflito no Oriente Médio.



Fonte: Café com sociologia <http://www.cafecomsociologia.com/2011/01/fimes-para-trabalhar-em-sala-de-aula.html>

Tipo Ideal de Max Weber

De acordo com Weber, para que o sociólogo possa analisar uma dada situação social, principalmente quando se trata de generalizações, torna-se necessário criar um "TIPO IDEAL", que será um instrumento que orientará a investigação e a ação do ator, como uma espécie de parâmetro.
Um conceito ideal é normalmente uma simplificação e generalização da realidade. Partindo desse modelo, é possível analisar diversos fatos reais como desvios do ideal: Tais construções (...) permitem-nos ver se, em traços particulares ou em seu caráter total, os fenômenos se aproximam de uma de nossas construções, determinar o grau de aproximação do fenômeno histórico e o tipo construído teoricamente. Sob esse aspecto, a construção é simplesmente um recurso técnico que facilita uma disposição e terminologia mais lúcidas (WEBER, citado por BARBOSA; QUINTANEIRO, 2002: 113).


O tipo ideal refere-se a uma construção mental da realidade, onde o pesquisador seleciona um certo número de característica do objeto em estudo, a fim de, construir um topo tangível, ou seja, um TIPO. Esse tipo será muito útil para classificar os objetos de estudo. Por exemplo, quando pensamos em democracia temos em mente um conjunto de características em nossa mente dando origem a um todo idealizado (o Tipo Ideal). Ao observar um sistema político contrastamos com esse tipo que temos em mente para classificar esse sistema como democrático ou não.

O objetivo de Weber, ao utilizar o recurso "tipo ideal", não é de esgotar todas possibilidades das interpretações da realidade empírica, apenas criar um instrumento teórico analítico. Exemplo de tipo ideal é o "homem cordial", em Sérgio Buarque de Holanda. 




Um constructo de tipo ideal cumpre duas funções básicas: i) fornece um caso limitativo com o qual os fenômenos concretos podem ser contrastados; um conceito inequívoco que facilita a classificação e a comparação; ii) assim, serve de esquema para generalizações de tipo (...) que, por sua vez, servem ao objetivo final da análise do tipo ideal: a explicação causal dos acontecimentos históricos (MONTEIRO & CARDOSO, 2002, p. 14). 

Fonte: Café com sociologia <http://www.cafecomsociologia.com/2010/11/tipo-ideal-de-max-weber.html>

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Métodos Científicos

Método dedutivo: método racionalista, que pressupõe a razão com a única forma de chegar
ao conhecimento verdadeiro; utiliza uma cadeia de raciocínio descendente, da análise geral
para a particular, até a conclusão; utiliza o silogismo: de duas premissas retira‐se uma terceira
logicamente decorrente.
ex: "Todo homem é mortal (premissa maior)
       Pedro é homem (premissa menor)
      Logo, Pedro é mortal" (conclusão)

Método indutivo: método empirista, o qual considera o conhecimento como baseado na
experiência; a generalização deriva de observações de casos da realidade concreta e são
elaboradas a partir de constatações particulares.
ex: Pedro é mortal
João é mortal
José é mortal.

Carlos émortal.
Ora, Pedro, João, José…e Carlos são homens.
Logo,(todos) os homens são mortais.

Método hipotético dedutivo (Poper, K.): se o conhecimento é insuficiente para explicar um
fenômeno, surge o problema; para expressar as dificuldades do problema são formuladas
hipóteses; das hipóteses deduzem‐se conseqüências a serem testadas ou falseadas (tornar
falsas as conseqüências deduzidas das hipóteses); enquanto o método dedutivo procura
confirmar a hipótese, o hipotético‐dedutivo procura evidências empíricas para derrubá‐las.

Método dialético (Hegel, G.): empregado em pesquisa qualitativa, considera que os fatos não
podem ser considerados fora de um contexto social; as contradições se transcendem dando
origem a novas contradições que requerem soluções.

Método fenomenológico (Husserl, E.): empregado em pesquisa qualitativa, não é dedutivo nem
indutivo, preocupa‐se com a descrição direta da experiência como ela é; a realidade é
construída socialmente e entendida da forma que é interpretada; a realidade não é única,
existem tantas quantas forem suas interpretações.



Fonte: ftp://ftp.unilins.edu.br/brenoortega/metodologia/metodologia.pdf

ESCRITORES DA LIBERDADE - RESENHA CRÍTICA


"Escritores da Liberdade" é um filme baseado numa história real, que trata de realizações face à adversidade. Em 1994, na sala 203 de uma escola em Long Beach, Califórnia, uma professora de literatura chamada Erin Gruwell, enfrentou sua primeira classe de alunos, rotulados pela administração do colégio como adolescentes "em risco" ou "problemáticos". Este drama racial possui tantos estereótipos quanto o cinema americano pode proporcionar. Na maioria dos casos, isso seria considerado algo ruim, visto que essa característica tem como ponto negativo enfraquecer personagens e torná-los facilmente esquecíveis tão logo o filme termine. A película, porém, trata justamente da discussão do quão prejudicial é tratar pessoas como meros estereótipos. E faz isso com habilidade e, infelizmente, também com um pouco de ingenuidade. Mas falemos sobre os pontos negativos mais tarde, pois o filme é muito bom.

Não são incomuns pessoas que vêem outras nas ruas e julgam-nas pela aparência, automaticamente. Às vezes sem malícia, pois faz parte da [má] formação educacional da pessoa. “Loira burra”, “pobre ignorante”. Estas são algumas dessas pré-concepções. Escritores da Liberdade, porém, trata de grupos raciais que se colidem, por terem que viver no mesmo ambiente: negros, hispânicos e orientais, todos estudando no mesmo colégio. Fazem parte de gangues e vivem em um lugar muito violento. Não dão importância ao estudo e sabem que a expectativa de vida é baixa para muitos deles. Um velho quadro, já muito explorado no cinema norte-americano, o que pode trazer desconfiança a muitos espectadores. O que, afinal, Escritores da Liberdade tem a oferecer de novo?

Não muito, realmente. O filme ingênuo e muito óbvio, vários conflitos são completamente previsíveis. Esse tipo de personagem da professora, idealista e dedicada, já foi imensamente explorado em outros filmes de mesmo tema, como Ao Mestre Com Carinho, O Clube do Imperador e Sociedade dos Poetas Mortos. Apesar dos clichês, o filme conta com boas interpretações e sua mensagem é muito bela para ser ignorada.

A atriz que interpreta a professora consegue demonstrar a complexidade da situação da professora, que passa por altos e baixos na vida profissional e familiar. Fica bem fácil torcer pelo seu sucesso, e o fato de a personagem ser baseada em alguém real (no finalzinho há uma foto da Erin real, junto de uma turma real) torna os acontecimentos mais interessantes e intensos; desta forma, a falta de originalidade de sua personagem não é exatamente um ponto negativo.

Felizmente, a boa qualidade do elenco não pára com Swank (interprete da professora). Os alunos, apesar de vivenciarem tipos conhecidos, demonstrar saber lidar com emoções variadas e, fora um ou outro problema com alguns personagens (Eva, por exemplo, não possui justificativa coerente para ter ficado “boa” tão rapidamente), todo o elenco leva o filme com competência. Há, claro, personagens maus, como o racista professor sênior ou a diretora Margaret, mas o diretor e roteirista do filme optou por não dar muita notoriedade a eles e centrar a história sobretudo nos alunos e na professora, o que foi fundamental para que o ritmo do filme permanecesse agradável.

Uma cena que merece destaque, ocorre dá quando uma caricatura racial de um dos estudantes afro-americano circula a sala de aula, a professora interceptou irritadamente o desenho e comparou-o às caricaturas dos judeus, feitas por nazistas durante o holocausto. Os estudantes responderam de forma confusa à sua comparação o que chocou a professora ao descobrir que muitos de seus alunos nunca tinham ouvido sobre holocausto. Entretanto, quando perguntou quantos em sua classe tinham sido alvos de disparos, quase todos levantaram as mãos. Isto deixou-a chocada, porém inspirada a não desistir dos alunos.  A professora pergunta a seus alunos se estes conhecem o que é "Alchwitz", o campo de concentração; todos ignoram o que seja ou tenha sido, então ela explica-lhes o que é e sobre o horror de uma guerra e as conseqüências que dela se podia ter. Leva-os a um museu da 2º Guerra Mundial, onde estes podem ver através de fotos, as imagens da atrocidade; atinge-lhes o cerne da sensibilidade; que guerras não levam a nada a não ser à morte, e neste ponto o filme mostra como utilizar estereótipos em favor de uma boa história.

Percebe igualmente a professora que mais do que tentar estabelecer o resultado pretendido através de coerção, é preciso se colocar no mesmo nível de pensamento e entendimento daquela realidade, permitindo que aqueles alunos sejam ouvidos e possam se expressar.

Assim, pede que os mesmos escrevam sobre o que quiser em um caderno individual que será posto no armário, para que ela leia ao final de cada aula. Aos poucos seus alunos vão passando para o papel, suas experiências de vida, seus sonhos, medos e anseios, expondo seus pensamentos antes nunca falados.

Transforma-os gradativamente, em seres pensantes, questionadores, sonhadores e com esperança. Mostra o quanto é possível a transformação através da educação e do respeito e entendimento ao outro.

Promovendo uma filosofia educacional que avalie e promova a diversidade, transformou a vida dos seus alunos. Incentivou-os a reavaliar a opinião rígida sobre o outro, reconsiderar decisões diárias, e ao repensar seus futuros. Com o apoio constante da professora, seus alunos quebram estereótipos para transformarem-se em pessoas críticas, estudantes universitários de aspiração, e cidadãos para a mudança. Nomearam-se a si mesmos de "os escritores liberdade" – em homenagem aos ativistas dos direitos civis os "Cavaleiros da Liberdade" (Freedom Riders), jovens negros e brancos, intelectuais, artistas e religiosos, que partiam do norte dos Estados Unidos na década de 1960 em caravanas em direção ao Sul, para pressionar as autoridades locais a pôr fim na segregação.

No momento em que nomearam-se "escritores da liberdade" os estudantes da sala 203 converteram-se de um grupo de estudantes apáticos para um grupo de estudantes motivados, pensantes e responsáveis por tomar suas próprias decisões. De acordo com determinada concepção de liberdade tornaram-se indivíduos livres.

Em Filosofia liberdade possui "três significados fundamentais”, correspondentes a três concepções que se sobrepuseram ao longo de sua história e que podem ser caracterizadas da seguinte maneira:

1ª Liberdade como autodeterminação ou autocausalidade, segundo a qual a Liberdade é a ausência de condições e de limites;
2ª Liberdade como necessidade, que se baseia no mesmo conceito da precedente, a autodeterminação, mas atribuindo-a à totalidade a que o homem pertence (Mundo, Substância, Estado);
3ª Liberdade como possibilidade ou escolha, segundo a qual a liberdade é condicionada (...) As disputas metafísicas, morais, políticas, econômicas, etc., em torno da Liberdade são dominadas pelos três conceitos em questão, aos quais, portanto, podem ser remetidas as formas específicas de Liberdade sobre as quais essas disputas versam.

Embora bastante previsível em muitos aspectos, Escritores da Liberdade é também uma pequena e agradável surpresa. Espectadores que se emocionam com facilidade, e que gostam disso, vão encontrar neste filme um agradável prazer. É um trabalho altamente manipulativo, mas demonstra com qualidade que, com grande esforço e muita coragem, é possível sim mudar a sociedade, nem que seja uma pessoa por vez. Ou uma turma de alunos por vez. Piegas, é verdade, mas verdadeiro. Divertido e emocionante e, portanto, recomendável.

_______________________________________
Fonte: Blog Gisele Finatti Baraglio < http://gisele-finatti-baraglio.blogspot.com.br/2012/05/escritoria-da-liberdade-resenha-critica.html > (amei o blog!)